Normalmente eu não me lembro dos meus sonhos, mas existe um cenário e um sonho em especial que eu consigo rememorar.
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O sonho começa comigo e dois amigos em uma colina íngreme e verdejante, com calombos onde possivelmente a grama cobriu antigos pedregulhos, na qual uma casa de campo descansa no topo e um estábulo dilapidado está encravado na base.
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O estábulo é velho, com as madeiras podres cobertas de musgo, sendo que de um lado ele tem uma porta permanentemente aberta e, do outro, uma porta dupla fechada e trancada. Alguém da casa de campo nos avisa para não atravessar para o outro lado. Então começou uma gincana com os hóspedes da casa para encontrar coisas que estavam escondidas pela colina e, enquanto procurávamos, descobrimos que os calombos na colina não eram provocados por pedregulhos e, sim, lápides cobertas por mato. De repente percebemos – meu amigo e eu – que nosso outro amigo havia desaparecido e passamos um tempo tentando encontrá-lo até que nossa busca nos levou até o estábulo.
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O local estava sujo, escuro, úmido e vazio. Todavia, a porta dupla estava entreaberta e da corrente que as prendiam pendia um cadeado aberto. Fomos até as portas e as abrimos. Do outro lado havia uma estrada ladeada por árvores e arbustos. As árvores eram grandes, de troncos grossos, galhos compridos e folhas verdes; os arbustos eram encorpados, espinhosos e preenchiam os espaços por entre as árvores. A estrada era sinuosa, longa e coberta por folhas em estados diversos de decomposição.
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Logo encontramos nosso amigo: ele estava enterrado em uma vala ao lado da estrada. Tentamos tirá-lo dali, mas parecia que a própria terra segurava-o e puxava-o tentando engoli-lo. Então paramos de tentar quando sentimos que algo estava vindo nos pegar. Começamos a correr de volta para o estábulo, sem olhar para trás. Sentíamos que algo se aproximava rapidamente de nós e ao passarmos pelas portas duplas, encostamo-nos nela enquanto tentávamos fechar o cadeado o mais rápido possível. O algo que nos perseguia bateu repetidas vezes nas portas, mas estas agüentaram o castigo até que fechamos o cadeado. Saímos dos estábulos suados e assustados, nos arrastando, incapazes de andar. Subimos a colina para a casa de campo.
Foi aí que eu acordei.
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Mais recentemente, eu sonhei de novo com esse cenário. Estava sozinho nos estábulos e abri as portas dando, em seguida, um passo para fora. Senti novamente que o mesmo algo que me perseguiu no passado, vinha rápido na minha direção. Eu voltei e fechei as portas, acordando logo após.
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Abraços!
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
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2 comentários:
Acho que tu anda vendo Lost demais...
isso é sonho de quem tem TOC e transtorno Bipolar.
eu sei pq todo dia sonho com essa mesma coisa que vc sonhou.
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